A Quinta do Convento situa-se em plena Serra de Montejunto, no centro da região de Lisboa, e tem a denominação de origem de Alenquer, situando-se a Oeste das propriedades vizinhas da Quinta de Monte d’Oiro, de Pancas e a Este de Óbidos.
Os 16 hectares de vinha têm proeminência da casta Touriga Nacional, assinatura conhecida dos grandes vinhos portugueses. Esta casta, exigente e difícil está perfeitamente adaptada às condições climáticas e geológicas da região. Produz vinhos fortes, estruturados, aptos a uma longa guarda, reputados pela delicadeza e elegância. As castas francesas Merlot e Syrah, dão-lhe o toque necessário de leveza e de charme. Em alguns anos, o Pinot Noir e o Caladoc conferem-lhe complexidade.
A introdução das castas brancas Arinto, Fernão Pires, Sauvignon Blanc e Semillon, todas elas de elevado nível e plantadas em solos de natureza argilosa com declive pronunciado a cerca de 500m de altitude, permitem a elaboração de vinhos brancos de grande qualidade, marcados por uma acidez refrescante e mineralidade acentuada que o Arinto confere, aliada a aromas de frutos de caroço e espargos característicos da casta Sauvignon. A complexidade e untuosidade do Semillon proporcionam um notório volume de boca e um final de grande persistência.
Algumas destas castas irão permitem a elaboração de vinhos tipo "Late Harvest" que só são vinificados em anos de excepção, quando as condições climatéricas naturalmente o proporcionam.
O terroir de Montejunto é constituído por solos argilo-calcários sobre um subsolo de rochas terciárias. Com uma altitude média de cerca de 500 metros, sofre a influência dos ventos Atlânticos devido à proximidade da costa de onde dista de alguns quilómetros.
A filosofia de gestão adoptada é de intervir o menos possível, mas o mais naturalmente nas vinhas. As boas práticas culturais e de trabalho são levadas a sério, tendo sido banidos todo e qualquer herbicida químico: a protecção do ambiente e a integridade da planta estão no seio das preocupações de uma gestão extremamente rigorosa, tendo sido implementado um sistema de protecção integrada.
Seguindo a mesma linha de actuação, a fertilização, unicamente orgânica, é apenas utilizadas nas parcelas que precisam de um complemento. Assim, a vinha encontra o seu ponto de equilibro, auto regulando a sua produtividade. É uma forma de respeitar quer a vida da planta quer a autenticidade do terroir, procurando a pureza natural do vinho. A poda de Inverno, faz parte das mesmas preocupações: confiada a pessoal especializado e qualificado, é paga à jorna e não à tarefa. Cada pé, cada cepa, é um ser único, e trabalhado como tal. Em consequência, a repartição dos cachos na cepa, favorecida pelo arejamento e insolação máximos, permite uma melhor maturação da uva.
Durante mais de quinhentos anos a Quinta do Convento conheceu apenas cinco proprietários diferentes, mantendo sempre uma estrutura familiar. Hoje a gestão da Quinta é da responsabilidade de Cristina que se orgulha de ter progressivamente e completamente reestruturado as vinhas, adquirindo algumas, renovando equipamentos técnicos e edifícios de exploração vínica.
A Quinta do Convento faz parte das Rotas do Vinho de Alenquer, um itinerário turístico oficial com características culturais e gastronómicas centradas no vinho.
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